Numa curta sucessão de dias, tivemos um incidente racista contra o representante da comunidade islâmica de Portugal, David Munir, um ataque a um ator por parte de elementos de um grupo nazi (cuja referência no Relatório Anual de Segurança Interna foi retirada pelo governo) e um ataque, no Porto, a voluntárias por parte de pessoas que as acusavam de promover a presença de imigrantes no país. Pouco depois da eleição de 60 deputados de extrema-direita, e mesmo perante a tentativa de normalização por parte do mesmo (no que diz respeito à ótica, obviamente, o cerne mantém-se imutável), estamos perante o ar dos dias. A extrema-direita sente-se empoderada e posto tudo em perspetiva, têm razões para isso. A extrema-direita olha para o parlamento e vê 60 dos seus a apresentar o segundo maior grupo parlamentar. A extrema-direita olha para o governo e vê um governo que além da supramencionada ocultação do perigo da extrema-direita do RASI, faz gáudio de propagar as falsas perceções de ins...
Tal como a tradicional pausa para café sueca – à qual este blog vai buscar o seu nome – este blog visa ser um espaço de exploração de ideias e de diálogo.