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A mostrar mensagens de janeiro, 2025

Sejamos radicais

Há uns dias, aquando do anúncio de Alexandra Leitão como candidata do PS à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas usou o termo radical para descrever a sua principal concorrente ao posto que atualmente ocupa . Tudo isto sem nunca explicitar o porquê do radicalismo de Alexandra Leitão. Alexandra Leitão é radical porque o moderado Carlos Moedas assim o ditou. Basicamente resume-se a isto e quem disser contrário deverá também ser radical. A líder parlamentar do partido que negociou com o super-moderado governo da AD para a viabilização do orçamento de estado para este ano é uma radical sem que qualquer razão para esse “facto” tenha sido aventada. Mas engane-se quem pense que este exagero no adjetivo radical é caso isolado. É que radicais não faltam. Vejamos... Pedro Nuno Santos, quando disse que não aprovaria um orçamento que fosse fiscalmente irresponsável era radical, deixou de o ser quando viabilizou o orçamento, mas há de voltar a sê-lo quando der jeito ao PSD. Rui Tavares é um rad...

Não, Chris, não é tua culpa

Foi num concerto dos Coldplay na Índia, que Chris Martin, vocalista da banda britânica, talvez inspirado pela receção positiva do público, pela culpa internalizada por atos que não cometeu, ou pelos dois, decidiu agradecer ao público por “perdoar” os crimes coloniais do Reino Unido . Em pleno concerto Chris Martin disse, dirigindo-se ao público, “Obrigado pela boa receção apesar de sermos do Reino Unido. Obrigado por nos perdoarem por todas as coisas más que o Reino Unido fez”. Ora, há aqui vários problemas, mas comecemos por aquele que me salta logo à vista: desde quando é que os britânicos de hoje devem ser responsabilizados pelo passado do seu país? Que contributo deram os britânicos hoje vivos para o colonialismo britânico na Índia? Que contributo poderiam ter dado? A resposta é nenhum. A Índia tornou-se independente a 15 de agosto de 1947 através do India Independence Act. Fará este ano, 78 anos de independência. Para termos uma perspetiva do absurdo da ideia de que hajam mu...