Foi com choque, mas pouca surpresa, que li no PÚBLICO que apenas 0,7% dos alunos do 5º ano mostraram nas provas de aferição saber identificar a península ibéria (onde, só por acaso, se situa o nosso país) no mapa. Fiquei chocado com a percentagem tão baixa de alunos capazes desta "proeza", mas se calhar não devia ter ficado. Aliás, se calhar devia de tirar as aspas ao termo proeza. O leitor há de perguntar: Mas porquê? Não é absolutamente lastimável que apenas 0,7% dos alunos saibam identificar a península onde o seu próprio país se localiza? E a minha resposta é que sim, de facto, é. E adiciono: não é só isso que é lastimável. É também lastimável o modelo altamente centralizado de alocação de docentes que, enquanto lhes providencia condições remuneratórias de fazer o país corar de vergonha, lhes oferece pouca ou nenhuma estabilidade no que diz respeito ao local onde lecionam. Um professor do Porto pode neste ano letivo lecionar, por exemplo, na Escola António Sérgio em Gaia,...
Tal como a tradicional pausa para café sueca – à qual este blog vai buscar o seu nome – este blog visa ser um espaço de exploração de ideias e de diálogo.